03/05/2011

Infiéis ao amor

Em quantas enrascadas nos metemos, quantas chances oferecemos para os maus dizeres, quanto esquecimento produzimos em nossas lembranças, certezas e amor... por que mesmo não querendo, fingíamos não nos querer, se eu te quero, se você me quer?! Por que a gente se dá o direito de sofrer? Loucos, tolos, estúpidos, infiéis com o amor...isso que somos! E diante de tanto erro, vi o lado bom (falo por mim), pois revisei, analisei tudo aquilo que por raiva, ou melhor, por ódio, não me permitia enxergar...e no baixar da poeira, na calmaria dos nervos, vi que tudo está esclarecido como sempre esteve...nada, absolutamente nada mudou...por teimosia do bem querer e do desejo de permanecer! Não sei por quê insisto em me fazer de desentendida...mania de evitar o inevitável me cansa, mas se faz necessária diante da vontade de te fazer sumir. Nessa limpeza de visão, sem qualquer tipo de embaço, te vi... jogado aos meus sentimentos, dos mais diversos possíveis...lindo, solitário e egoísta...tomando conta de mim, ao lado de um muro de concreto indestrutível, onde não existem brechas para intrusos, onde ninguém consegue te eliminar, ninguém tem força pra lutar contra você...contra você não, contra o amor, o amor que me consome, que me confunde, que me enlouquece, que me arrepia...o amor que te entreguei...sem pedir devolução. E minha ira aumenta por isso...porque você sumiu, porque meu telefone não toca mais com seu nome, porque já não me preocupo por dois, porque tenho que aguentar a saudade, porque não consigo me adaptar sem suas crises, porque não vou mais poder ouvir seu choro, seu sorriso, sua respiração junto ao meu rosto...e tenho medo de achar que não te conheço mais, porque você parece não me reconhecer...logo você, que desenhava sem erro cada curva minha, que lia as palavras que meus olhos diziam, que decifrava o tempo todo meus códigos, que sabia quando minha boca era justa e injusta, logo você que pedia pra eu não mais te deixar...logo você...ouvinte diário do “eu te amo”...duvidou, não acreditou, jogou, feriu, puniu, fez chorar, fez cansar...o que só por você e pra você existia...amor! 

(Amanda Barbosa)

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