Que vergonha de não te expor todo dia tudo aquilo que está coberto entre carne, ossos, veias, órgãos..que feio não dizer-te a beleza incomparável que está nas linhas e entrelinhas do meu sentimento. Olho no fundo dos teus olhos e me vejo tão submissa aos teus encantos. Vejo a doçura com que tua boca se move me falando besteiras e carinhos...a raiva com que ela se movimenta quando faço algo fora do seu agrado, me dando surras de palavras... e a agressividade implorando por um beijo...cada simples movimento do teu rosto me surpreende, me hipnotiza...tua pele fervendo de tanta vontade de encostar na minha, que está congelada decorrente ao nervosismo...clamando por derretimento. Te vejo encaixado à mim, que até mesmo meu próprio corpo não conseguira tamanha exatidão. O mundo conspira, o mundo grita, o mundo ouve nossos suspiros, e sente que como a digital de cada um, somos únicos na vida um do outro, não há como falsificar, não há como existir outro de você, nem outra de mim...não há espaço para mais ninguém...tenho certeza disso, até quando vida não mais existir...seria ainda pouco? Sim, seria! Te recriaria outras tantas vezes só pra admirar cada gesto seu, mesmo que de longe. Faria questão de rever repetitivamente, porque sou viciada em suas cenas...nas suas atuações. Seria preciso mais de uma vida pra apagar essa chama ...onde o fogo parece ser infinito...onde não existe previsão para término...onde as cinzas estão longe.
(Amanda Barbosa)

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